quarta-feira, 4 de março de 2009

Caligrafia

Apesar não ter uma letra muito bonita sempre gostei muito escrever, desenhar as letras bem caprichadas (a medida do possível). É uma maneira que eu desenvolvi para aprender, basta escrever uma vez numa folha de papel com atenção e pronto, está gravado em minha memória, seja o que for, número de telefone, letra de música, data, matérias escolares, qualquer coisa.
Acontece que com a vida moderna veio os celulares, computadores... e a necessitade de escrever ao próprio punho foi diminuindo. Resultado: a memória falha, coisas simples como lembrar a data de um compromisso eu tenho esquecido. Agora é tudo do computador ou na agenda do celular.
Na foto acima tentando relembrar um dos meus sonetos favoritos, soneto de fidelidade de Vinicios de Moraes. Escrever precisa voltar a ser habito (e ler livros também) porque me faz bem, me ajuda a desabafar, a relaxar e ainda estimula a minha memória. E se tem coisa que eu aprecio é uma boa caligrafia, uma folha de papel todinha escrita a mão, como as antigas cartas que passavam verdadeira emoção para quem escrevia e para quem lia. Os emails não tem esse poder, jamais vão ter.